Novidade para as grávidas, o parto por hipnose já ganha cada vez mais simpatizantes e promete deixar a mamãe mais tranquila para apreciar seu momento com o bebê
Para viver o momento mais emocionante na vida de uma mãe, as mulheres estão procurando formas alternativas para dar à luz, como o parto por hipnose. Por ser menos invasivo, a promessa é que esse novo processo ajude no pré e no pós parto. A anestesia é trocada por hipnose. Os médicos não usam substâncias pesadas e, assim, economizam com uma internação mais curta ao usar o estado alterado de consciência para desviar o foco da dor na paciente.
O Brasil é o segundo país com o maior índice de cesáreas do mundo. A taxa é quase duas vezes superior à dos EUA. Segundo dados do Ministério da Saúde, o total de procedimentos chega a 55,5% em hospitais particulares, e o índice pode atingir 84%.
A hipnose não é indicada somente para a hora do parto, antes e depois também acontece. No pré-parto, a mamãe fica nervosa e isso influência diretamente no nascimento do bebê. Depois do parto, é essencial o acompanhamento e a continuidade do tratamento, pois serão duas vidas totalmente renovadas, fazendo com que a recuperação seja mais rápida do que o normal.
Além de seu efeito anestésico, o estado hipnótico tem outras utilidades. A hipnose pode ser usada para o tratamento de fobias e traumas. O especialista usa essa janela da consciência para acessar lugares que seriam mais difíceis com a mente totalmente acordada. Na anestesia, o objetivo é apenas o estado hipnótico por si só que já é suficiente para desviar o foco da dor.
Conforme dados da Healthtech Theia coletados no mês de outubro de 2020, 51% das grávidas mostravam interesse em realizar um parto normal, mas apenas 32% assim o fizeram por conta do medo da dor. Hoje, como forma de aperfeiçoar esse momento, o procedimento de hipnose tem sido adotado nos hospitais para bloquear a dor sem anestesia.
“A ideia é dar liberdade para o parto normal, que é o desejo de muitas mães, e deixar o medo da dor de lado. A nova técnica irá ajudar de uma maneira em que ela ficará consciente de tudo”, comenta Michael Arruda, CEO da OMNI Brasil, que forma milhares de profissionais em hipnoterapia.
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